Numa das obras anteriores do realizador James Marsh (Man on Wire, 2008), documentário sobre o funâmbulo francês Philippe Petit, o longo trabalho de preparação de um acto criativo (a caminhada sobre um cabo suspenso entre as Torres Gémeas do World Trade Center) é mostrado com uma mistura fascinante de rigor e lirismo. Em The Theory of Everything (2014), muito pelo contrário, os processos de investigação e de criação são ignorados em benefício de um tratamento sentimental e superficial da vida do físico Stephen Hawking. Sendo o filme uniformemente convencional e carente de interesse, justifica-se destacar a odiosa montagem paralela entre o colapso de Hawking na ópera e a infidelidade cometida pela mulher com o professor de música. O facto de The Theory of Everything ter sido nomeado para o Óscar de Melhor Filme diz muito pouco sobre o filme, mas muito sobre os Óscares.
2 de fevereiro de 2015
The Theory of Everything
Numa das obras anteriores do realizador James Marsh (Man on Wire, 2008), documentário sobre o funâmbulo francês Philippe Petit, o longo trabalho de preparação de um acto criativo (a caminhada sobre um cabo suspenso entre as Torres Gémeas do World Trade Center) é mostrado com uma mistura fascinante de rigor e lirismo. Em The Theory of Everything (2014), muito pelo contrário, os processos de investigação e de criação são ignorados em benefício de um tratamento sentimental e superficial da vida do físico Stephen Hawking. Sendo o filme uniformemente convencional e carente de interesse, justifica-se destacar a odiosa montagem paralela entre o colapso de Hawking na ópera e a infidelidade cometida pela mulher com o professor de música. O facto de The Theory of Everything ter sido nomeado para o Óscar de Melhor Filme diz muito pouco sobre o filme, mas muito sobre os Óscares.